terça-feira, 19 de junho de 2007

Alguma coisa sobre Paul Cézanne


Meu pai gostava de desenhar. Era bom nisso. Foi ele que me ensinou a desenvolver o olho crítico, a observar a luz e a sombra, a perspectiva... Seu pintor preferido era Paul Cézanne. Sempre que podia, mostrava-me gravuras de quadros de Cézanne. Aprendi que esse artista genial era um pintor construtor. Seus quadros maravilhosos eram fruto de muitas horas de estudo. Ele conseguiu unir numa mesma tela o sensível e o estrutural e diante de seus quadros, somos tomados de grande emoção. Cada quadro seu foi um degrau, uma conquista.

Cézanne sofreu no princípio de sua carreira como pintor severas críticas, descaso e mesmo grosserias, por isso preferiu isolar-se um pouco. Sua trajetória artística percorreu desde o Primitivismo, passou pelo Impressionismo e sozinho começou a incorporar a geometria em seu trabalho; por isso mesmo muitos o consideravam o precursor do Cubismo.

Cézanne realizou em sua arte a comunhão entre o homem e a terra. Partia do real para o sensível, com muita agudeza, estudo e uma genial capacidade.

Estou em mãos com a gravura do quadro de Cézanne chamado “A cabana do Jordão”. Ele me impressiona e permaneço quieta muito tempo a admirá-lo. Sinto saudades do meu pai!

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