quinta-feira, 12 de julho de 2007

Paul Gauguin – Homem estranho – Mestre inigualável

Quando eu era mocinha tive uma professora de francês, francesa. Madame Marie. Ela era terrível de tão exigente.

Certa vez madame Marie ficou doente. A casa dela ficava bem pertinho do ginásio. Nossa diretora pediu que eu e duas meninas fôssemos à casa da professora, buscar umas pastas, uns papéis. Lá fomos nós. Na saleta bem iluminada, pendurados nas paredes, vi uns quadros lindos! Eram gravuras coloridas, belíssimas! Perguntei para a professora de quem eram e ela simplesmente respondeu-me: “Gauguin”.

A sensação que senti contemplando as gravuras não sei descrever, mas foi uma coisa muito boa...

Dias depois madame Marie me entregou um livreto velhíssimo, dizendo para que eu cuidasse bem dele”. Era a história resumida da vida desse grande pintor francês, Paul Gauguin (7/6/1848 − 8/5/1903) Em cada folha havia a reprodução de uma tela de Gauguin e um texto explicativo... Mas tudo em francês! Peguei o dicionário e traduzi palavra por palavra. Quanto mais eu lia, mais gostava.

Quando Gauguin começou a desenhar e pintar, tinha mais de 20 anos. Foi paixão a primeira vista! A habilidade, o bom gosto, o olhar atento apareceram de supetão! Como se um vírus o tivesse contaminado!

De início Gauguin se entusiasmou com o impressionismo; quadros lindos dessa época povoam os museus (Rowen – A igreja Saint Ouen – 1884 e Ângulo de açude, 1885, etc.). Pouco a pouco, porém, foi modificando sua pintura. Apareceram as cores fortes, puras e os contornos bem acentuados (ao contrário do Impressionismo). E foi pintando, pintando num crescendo, sem parar. Gauguin era muito autêntico com os outros e consigo mesmo. Chegou a ser preso no Taiti onde viveu e morreu, por desacatar autoridades e o clero...

Gauguin sofreu todos os percalços. Falta de dinheiro, desavenças familiares, incompreensões com sua obra e a doença que o martirizava dia e noite. Havia machucado os pés e as feridas não cicatrizavam, causando muita dor. Mas mesmo sob estas condições adversas, produziu uma arte inigualável, este grande pintor solitário.

Aprendi muito com aquele livrinho tão velho, mas que me abriu perspectivas em outras direções.

Merci madame Marie!

Bonjour monsieur Gauguin

Um comentário:

Anônimo disse...

axo k podias ter falado mais dele..
ate pok me entresava para fazr um trabalho...
max tbm

brigada na mexma por estas imformaçao

kata*