segunda-feira, 25 de junho de 2007

Voltando a Van Gogh


Van Gogh morreu muito moço; 37 anos, com um tiro que deu em seu próprio peito, em 1890. Foi o artista que teve após a sua morte, a maior valorização de sua obra. Morreu perturbado, principalmente porque não tinha meios de subsistência e exasperava-se por não ver seu trabalho artístico reconhecido! Ele só amava pintar e desenhar. Foi um desenhista tão notável que só os desenhos já mereceram inúmeras exposições em todo o mundo.

Van Gogh era apaixonado pelas cores e pela estrutura arquitetônica dos modelos, febrilmente dissecados. Seu trabalho teve grande influência no aparecimento do Expressionismo alemão. A visão que tinha dos modelos, principalmente naturezas mortas, era única. Geralmente o seu ponto de vista era do alto, uma perspectiva de cima para baixo, o que aproxima e encanta o observador. O quadro “Vaso de cravos e violas”, por exemplo.

O amarelo é a cor fundamental de sua obra; ora nos interiores, ora nos primeiros planos, ora nos detalhes...às vezes vai ao alaranjado, em múltiplos nuances, até os verdes amarelados (série Girassóis).

Para Van Gogh a natureza era a fonte inesgotável de inspiração. Amava pintar céus estrelados, com estrelas em rodopios, campos de trigo ao vento, barcos em repouso em areias ardentes.

Olhando seus quadros ninguém pode ficar indiferente. Ou pode?

Será que os olhos não umedecem?

Será que o coração não acelera?

terça-feira, 19 de junho de 2007

Alguma coisa sobre Paul Cézanne


Meu pai gostava de desenhar. Era bom nisso. Foi ele que me ensinou a desenvolver o olho crítico, a observar a luz e a sombra, a perspectiva... Seu pintor preferido era Paul Cézanne. Sempre que podia, mostrava-me gravuras de quadros de Cézanne. Aprendi que esse artista genial era um pintor construtor. Seus quadros maravilhosos eram fruto de muitas horas de estudo. Ele conseguiu unir numa mesma tela o sensível e o estrutural e diante de seus quadros, somos tomados de grande emoção. Cada quadro seu foi um degrau, uma conquista.

Cézanne sofreu no princípio de sua carreira como pintor severas críticas, descaso e mesmo grosserias, por isso preferiu isolar-se um pouco. Sua trajetória artística percorreu desde o Primitivismo, passou pelo Impressionismo e sozinho começou a incorporar a geometria em seu trabalho; por isso mesmo muitos o consideravam o precursor do Cubismo.

Cézanne realizou em sua arte a comunhão entre o homem e a terra. Partia do real para o sensível, com muita agudeza, estudo e uma genial capacidade.

Estou em mãos com a gravura do quadro de Cézanne chamado “A cabana do Jordão”. Ele me impressiona e permaneço quieta muito tempo a admirá-lo. Sinto saudades do meu pai!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

PINTANDO O SETE


Porque será que existe esta expressão? Quem souber que me conte.
Hoje estou a fim de conversar um pouquinho.
Quando era bem pequena ganhei uma palhetinha de papelão (aquarela) com cinco cores. Como me diverti! Joguei essas cinco cores em tudo que estava pela frente...O pincelzinho arrebentou logo; aí usei o dedo mesmo. Quando as tintas acabaram, queria mais. Como meus pais não podiam na época, comecei a “inventar” tintas. Peguei o “rouge” da minha mãe, o baton da empregada e soquei os toquinhos de lápis de cor com o martelo, até virar pó. Depois fiz uma grande descoberta: papel celofane com água sai tinta! Fiquei durante um tempão fazendo tinta com papel celofane.

Hoje quando me lembro das minhas dificuldades para possuir uma tinta,dou graças à Deus, pois hoje tenho à mão as lindas tintas brasileiras, como a Gato Preto, Acrilex e outras. E pincéis? Tão bons, tantos tipos, como os da Tigre. Tenho pincéis com mais de 15 anos, em perfeito estado. E as telas? Ótimas. Maravilhosas, ainda mais para quem já pintou em pedra, lousa, lenço da avó, portalada de janela e etc.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Quem é bom já nasce feito: Camille Pissarro


Os grandes mestres da pintura são muito diferentes entre si, no entanto, algo em comum paira no ar...unificando-os com traços e fisionomias de uma mesma família. É a família da beleza, da tenacidade, do olho mágico que descobre o belo até no feio.

Pissaro, que viveu entre dois séculos (XIX e XX), pintou com toda a força de seu talento a natureza da França, na calma de antes da guerra (invasão da Prússia), como impressionista convicto.

Pissarro morreu com 73 anos e desenhou e pintou desde os 12 anos. Sua existência foi marcada pelo sacrifício à arte e a falta de condições materiais para a sua subsistência e de sua família.

Hoje seus quadros estão expostos nos grandes museus do mundo e valem milhões de euros. Mas o que mais importa mesmo é a emoção que sentimos diante de suas telas.


Todos os quadros que coloco no meu blog são de minha autoria (salvo indicação contrária) e estão à venda pelo telefone 5549-0137, comigo Jayr Therezinha.

domingo, 10 de junho de 2007

Picasso – enigma resolvido


A historiadora de arte Linda Dalrymple Henderson em seus livros e conferências, sempre defendeu a idéia de que o expressionismo e o cubismo foram diretamente influenciados pela teoria da quarta dimensão, que na época estava em plena ebulição.

As correntes expressionista e cubista em posição de vanguarda (1890-1910), simbolizavam uma atitude de revolta contra o capitalismo materialismo emergente.

A pintura na Idade Média, como se sabe, não tinha perspectiva e tudo era pintado como se fosse plano. Com o renascimento, a arte e tudo o mais deu um salto, se posicionando com mais realismo. Surgiu então a pintura tridimensional (Leonardo da Vinci, Michelângelo).

No início da Idade Moderna, as inúmeras descobertas científicas, provocaram grande alvoroço em todos os setores, principalmente nas artes. Foram as descobertas dos físicos teóricos, com palavras como hiperespaço, 4ª dimensão, etc., que transformaram a arte do séc. XX.

Picasso, com a coragem de um gênio, adotou a 4ª dimensão em sua pintura e subdividiu o que pintava, pessoas e ambientes, em blocos vistos de baixo, de cima, de lado e do outro lado, tudo ao mesmo tempo, como Einstein afirmava ser tudo visto de outra dimensão.

E Picasso viu tudo isso.

Pintou tudo isso

E ficou lindo!

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Picasso, enigma resolvido


Estou pulando de Matisse para Picasso?

Quando mocinha tinha horror a Picasso. De verdade! Passava correndo os olhos sobre seus quadros, que até medo me causavam!

Mas hoje amo Picasso. Agora o entendo e o admiro. Precisei colocá-lo na minha cabeça de forma diferente.

Ele é realmente um gênio. Como então me aproximar de um gênio?

As pinturas de Picasso não são deformadas, são reais. São vivas e machucam por isso mesmo.

Mas credo! Precisa ter muita coragem para pintar assim!

Bendito Picasso.

Picasso, enigma resolvido, depois eu conto.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Quadros do meu blog

Todos os quadros que coloco no meu blog são de minha autoria e estão à venda pelo telefone 5549-0137, comigo Jayr Therezinha

Matisse e...eu!


Rosas...

Espinhos,

Anjos barrocos

Carinhos.

Churros doces

Chuva fininha,

Estrelas cadentes,

Beijinhos.

Meninos na lama...

Oh! Criancice

Quadros sagrados,

Van Goghs e Matisses...

Voltando a Matisse, lembro bem de um recorte de jornal (colorido) que mantive muito tempo nos meus guardados. Era uma reprodução da tela de Matisse “Paisagem em Collioure”. Gostaria de vê-la de vez em quando, porque sempre levantava o meu astral. Devia chamar-se “Acorde e Sorria”.

Hoje já não a encontro mais. Ficou pelos caminhos que percorri: Bahia, Salvador, Passo Fundo, Caxambu?

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Henri Matisse - Segundo amor da minha vida


Hoje acordei com Matisse na cabeça. Lembrei-me então que ele foi a segunda paixão da minha vida. Foi assim: estava em um consultório médico acompanhando minha mãe. Tinha na época uns doze anos mais ou menos. De repente meus olhos bateram numa gravura que estava bem à minha frente. O que é isso? Que beleza! Levantei-me e conheci Matisse. Foi amor a primeira vista. E o guardo até hoje bem escondidinho no coração.
Matisse, autônomo, irreverente, corajoso, importante. Passou muito tempo, mas estou com você e não abro.

domingo, 3 de junho de 2007

Eu bloguei, tu blogastes, ele blogou


Este blog é o produto do gosto que tenho para experimentar novidades dentro das minhas limitações atávicas.

Desde pequena amo Van Gogh. Acho que são os sinais do fogo que estão em toda a sua obra. É o sol abrasante que nos queima até a alma! Por isso, com papel e lápis colorido, pintei desde muito cedo. Tantos amarelos e laranjas! Até furar todos os papéis.
Quando cresci amei outros pintores. Mas jamais abandonei Van Gogh que ficou cravado a ferro e fogo em meu ser, como um estigma! E assim, por impulso, sozinha venho pintando, até o fim “
Este quadro está à venda.
Telefone 5549-0137
Jayr Therezinha